Embora não sendo adivinho, sempre posso dizer que existem algumas maneiras de estarem a ler este blog: a usar um computador de mesa, um portátil, ou um telemóvel/pda.
O mais provável em 2009 é ainda estarem a usar um dos dois primeiros.
E que sistema operativo usam ? Depende.
Se for um Mac, será provavelmente o OS X Tiger ou o Leopard.Porém, se forem a maioria, terão aquilo a que vulgarmente se apelida de "PC" (embora um Mac também seja um "PC") e estarão a usar o Windows XP, ou o Vista.
Se forem aventureiros, poderão ter optado por um sistema operativo gratuito, o Linux, em detrimento do Windows.
Se tiverem um Magalhães ("Louvado sejas, ó Magalhãaaaaaaeeesss"), até podem estar a usar o Windows XP e o Linux Caixa Mágica.
Mas afinal o que é o Linux ? É uma base de sistema operativo cuja construção funciona numa plataforma de colaboração. Todos podem dar o seu contributo, e o resultado é um sistema completamente gratuito - de e para a comunidade.
E a mentalidade é tão aberta que acabam por surgir diferentes projectos de colaboração. Assim se explicam as diferentes versões do Linux. O Caixa Mágica que referi há pouco, é feito por portugueses e é apenas uma de muitas versões.
Contudo, o núcleo duro do sistema operativo Linux é praticamente o mesmo em todas em versões, até porque é essencial ter uma base sólida em termos de segurança ( o Linux é em geral tido como mais seguro que o Windows, embora o Windows Vista tenha ido copiar algumas ideias ao Linux e resolvido alguns problemas de segurança) e garantir que os programas feitos a pensar em Linux funcionam em todas as versões.
Mas, como a partir daí a liberdade é total, acabamos por ter versões para todos os gostos.Algumas são mais dirigidas a profissionais, com empresas que prestam suporte técnico pago, outras são dirigidas a conhecedores (leia-se em alguns casos "geeks"), e finalmente há um movimento recente, e que tem vindo a ganhar adeptos, inclusive por parte de algumas marcas de fabricantes de PC's, que é o dos sistemas Linux prontos a usar, intuitivos e muito bonitos!
Se dantes Linux era uma coisa de que mal se ouvia falar, tido como um conceito um tanto obscuro, destinado aos entusiastas que queriam aprender a fazer programas, hoje em dia está-se a tornar, lentamente é certo, um movimento global, com implicações muito maiores do que se julga.
Se pensarmos no movimento open source, há dois programas que saltam logo à vista e que são em boa medida o cartão de visita que tem vindo a dar a conhecer o Linux pouco a pouco às massas.
Falo do Firefox, que milhões de pessoas gabam pela inovação e segurança e usam por todo o mundo em detrimento do Internet Explorer (e onde escrevo este post), e do Openoffice, um concorrente de mérito ao Office da Microsoft.
E por que é que são cartões de visita ? Porque cada versão é feita tanto para Windows como para Linux (e para Mac também).
E esse é o primeiro passo: fazer com que as pessoas fiquem à vontade. Se já usaram o Firefox e o Openoffice em ambiente Windows, a tarefa de migrar para o Linux fica em parte facilitada pelo facto de se terem ambientado em duas aplicações fundamentais. E com o Openoffice acrescentaria o factor preço: se na comparação Firefox - Internet Explorer ambos são gratuitos, já o Office da Microsoft é pago e bem pago.
Mas talvez o factor que faz pender a balança para a curiosidade em descobrir o Linux seja mesmo a interface cada vez mais amigável, e até parecida com o Windows. Vejam a fotografia acima e no fim do post se têm dúvidas.
Esta sugestão é só um lamiré.
Se quiserem investigar o Linux deixo-vos aqui três versões muito famosas:
O Ubuntu e a variante Kubuntu (os mais famosos)O openSUSE (vem logo a seguir)
Ambos os sistemas têm dois interfaces de utilizador à escolha: o Gnome e o KDE.
O Gnome é, na minha opinião, mais antiquado, mas admito que seja uma questão de gosto.
O KDE é assumidamente mais inovador, mais conciso.
No entanto, tanto Gnome como KDE são fáceis de entender. Há, claro, noutras distribuições de Linux, outras interfaces à escolha. No entanto estes dois são os mais conhecidos.
Optar por um dos dois interfaces é fácil: no openSUSE o programa de instalação pergunta qual o que se quer usar.
Já o Ubuntu traz de raiz o Gnome. Se quiserem o KDE de raiz, existe a variante oficial Kubuntu, feito pela mesma equipa.
Estão com receio ?
Não estejam. Ao contrário do Windows, não é preciso instalar para experimentar! É fazer o download, gravar o ficheiro ISO num cd/dvd, desligar o computador e arrancar a partir do CD. O sistema carrega a partir do cd/dvd e podemos experimentar tudo! E depois decidir se se instala ou não.
Outra grande vantagem destes dois sistemas (pelo menos destes dois) é que vêm com tudo o que é preciso para trabalhar pré-instalado: Desde o Openoffice, ao Firefox (o Kubuntu traz o Conqueror, mas podemos sempre instalar o Firefox), a programas para ouvir música, de edição de imagem, etc.
Gravar o ficheiro ISO num CD/DVD de modo a torná-lo um CD/DVD de arranque é simples: no Nero, por exemplo, existe uma opção que diz "Burn Image to disc". É seleccionar essa opção, escolher o ficheiro ISO a gravar, e carregar no botão "Burn". Já está. Podem usar o CD/DVD em qualquer computador!
O site do Ubuntu/Kubuntu também explica isto.
Se quiserem podem encomendar um CD com a papinha feita; bem sei que para alguns que não têm o Nero pode ser complicado ultrapassar esta fase.
Contudo, sem bajulações, digo-vos honestamente: se tiverem um segundo computador - mesmo antigo que seja, os sistemas Linux também são conhecidos por serem mais leves do que o Windows -, ou se não se importarem de terem um sistema com Windows e Linux ao mesmo tempo, então recomendo-vos vivamente.
Mas não posso dizer que o Linux seja igual ao Windows porque não é. Por exemplo, a instalação de programas é ainda hoje o calcanhar de aquiles destes sistemas. Mas, a par do facto de já virem com muitos programas pré-instalados, tanto o Ubuntu/Kubuntu como o openSUSE têm vindo a melhorar e simplificar substancialmente o processo, o que tem vindo a mitigar esta lacuna.
Outra limitação é o facto de o Linux não ser compatível, de raiz, com os programas feitos para o Windows. É provável que exista o equivalente gratuito, e até poderá vir pré-instalado, mas não é a mesma coisa, nem terá exactamente as mesmas funcionalidades (embora às vezes surpreendam-se, têm mais ou diferentes! O interface de utilizador do sistema operativo em si é um bom exemplo disso). Existem alguns programas de emulação, como o Wine, que permitem correr em Linux programas feitos para Windows, mas têm algumas limitações e incompatibilidades.
Se por outro lado querem um computdor para jogos, podem esquecer o Linux. Para PC os jogos são para Windows. Podem descobrir que até há uns quantos jogos, alguns com gráficos evoluídos até, para Linux, mas é um universo muito mais reduzido e não são as últimas novidades que estão nas lojas (até porque são gratuitos) e dão falatório.
Mas é sem dúvida um mundo interesante que está do outro lado. Senão vejam:
(clicar nas imagens para ver tamanho original)
Kubuntu, versão 8.10 (a actual é a 9.04) - vista do ambiente de trabalho e do menu principal (menu iniciar/start menu para os que usam windows) - é a minha recomendação
E numa de "quem copia quem?", vejam lá esta imagem do próximo Windows 7, que sai provavelmente entre Julho e OUtubro deste ano:
A barra inferior é muito parecida, não é ? Eu gosto, mas lá que é parecida, é
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Sobre o blog
O objectivo é reflectir descontraidamente sobre a tecnologia, sentados confortavelmente no sofá.. ou não.. também pode ser à bulha :D
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