O Tecnocas

De cada vez que penso escrever algo por estas bandas, desisto. Não é porque a ideia não seja boa (modéstia à parte), é mesmo porque ia demorar mais tempo do que aquele que tenho para o efeito. Ainda assim, vou tentar partilhar aqui a minha última experiência com um computador antigo.

Tenho o meu querido Desktop há 14 anos. É um Compaq Presario CDS 720. Esteve dois anos sem sequer ser ligado, servindo apenas de base para um monitor de outro computador. Noutro dia lembrei-me que ainda lá tinha pelo menos um ficheiro que gostava de salvar antes de o dito dar o último suspiro.

Peguei no dito, abri a caixa, tirei o disco e fiz uma "ligação directa" ao meu computador recente. Consegui salvar tudo o que queria. O disco estava impecável.

Voltei a por o disco na relíquia. O PC não arranca. Parece que ao Windows 95 (com o Plus! Pack, tudo original!) faltam ficheiros. Talvez a culpa seja minha. É que depois de copiar tudo o que queria ainda fiz várias manobras para clonar o disco para outro. E consegui. Mas terá sido aí que a coisa terá ficado danificada. Ou não.

Mas agora estava determinado a por o computador de novo a funcionar na sua velha glória. Tinha bons motivos para isso. Passei bons e maus momentos com o dito. Comprado em Março de 1995, já na altura o computador estava em fim de linha. E pensar que o consegui usar até ao ano de 2001! Sim, não tinha outro! Não havia dinheiro para mais! Ainda por cima era um Compaq, na altura sinónimo de tecnologia proprietária, logo mais difícil de comprar "upgrades".

Mas enfim, estava a léguas do meu anterior IBM, um ainda mais vetusto 286 a 10 Mhz, que era muito pior nesse sentido. Ainda me lembro que queria um vulgar joystick para o IBM, mas nunca tive. É que para o ter precisava de comprar uma caixa, que trazia lá dentro uma placa de som, com uma porta para ligar o joystick. Tudo por uns módicos 40 contos! Irra!


Bom, em Março de 1995 eu tinha finalmente um computador com:

- Placa de som integrada (com colunas e microfone);
- CD-Rom (de duas velocidades);
- Um monitor de 15 polegadas (que grande! -Agora a sério, o do IBM era de 12!);
- Gráficos Super VGA, também cortesia de uma placa integrada;
- Um processador 486SX2 a 66Mhz;
- Uns magros 4MB de Ram para o que aí vinha a seguir;
- Uns mesmo à justa 420 Megabytes de disco rígido (sim, um cartão de memória para a vossa máquina fotográfica digital é bem capaz de ter o dobro ou o quádruplo disto).

- Trazia o Windows 3.1, o Dos 6, um jogo, a Enciclopédia Encarta 95 (espectacular!), e o Ancient Lands, sobre o Antigo Egipto, a Grécia e os Romanos. O pacote no geral era bom, mas vinha aí o Windows 95 e aquele disco era pequeno, e a memória não chegava para nada.

E o pior: o processador, por ser um SX, não tinha co-processador matemático, o que trocado por miúdos queria dizer que eu não podia jogar o jogo da moda: o DOOM! Buáaaaaaaaaaaa (LOL)

Não sabem o que é o Doom ?

Vejam aqui uma versão especial, com a participação do Bill Gates!




A aventura segue dentro de momentos...